O mundo dava cambalhotas,
girava tão depressa
que não havia lugar para o equilíbrio;
ele viu-se ali sem rumo ou destino.
Como árvore que cresce
há quem decida de forma radical.
Estava numa bela encruzilhada
onde se lia direita e esquerda
mas não se via o bem ou o mal.
Poucos têm coragem de voar.
Bem-aventurados são aqueles que o fazem.
De mochila às costas
não eram as roupas que pesavam,
mas sim todos os erros e acertos que cometera ao longo dos tempos.
Olhar de águia, poder de leão.
Tudo dependia de um simples aceno feito pela sua própria mão.
Motores e motores passam à sua frente,
todos olham,
todos ignoram,
todos demonstram ser indiferentes.
Apenas um senhor se faz exceção:
pára o motor e pergunta com um olhar de sabedoria:
- "Está à espera de alguém, meu rapaz? Suba e diga-me qual é o seu destino."
- "Bem, nem eu mesmo sei. São muito estranhas essas coisas de destino!
Olha, agora há pouco estava ali à beira sozinho.
Não sei para onde vou, só sei de onde vim;
e vim do nada, devagar.
Leve-me para onde o sol quiser.
Fico aonde esta estrada me levar."
Reprodução: weheartit |
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