Menino de sonhos, calças largas, boné
e planos para si.
Por ele ninguém dava nada,
bastava dizer uma letra e todos começavam-se a rir.
Pessoa de poucas e muitas palavras
que, ao contrário dos outros,
não se misturava com quem não merecia,
com quem não prestava.
E esse merecer, esse não prestar,
nada tinha a ver com os condenados pela sociedade,
mas sim, eram aqueles fantoches que iam sempre conforme a maré.
Os tais marinheiros, todos iguais,
pensavam estar em lucro pois ao rapaz dos planos e sonhos
pisavam e chamavam de mais um maluco.
Pois esse maluco, gritado e sofrido,
não ligava a ninguém e nem se importava com quem lhe batia no rosto.
Se até o Sr. Einstein era um suposto doido,
ele tinha a obrigação de continuar a remar para o lado oposto.
Denominava-se Pirata Que Pensa
e ele sabia de todas as consequências, já que
enquanto os outros não saíam da da caverna,
ele estava à procura de experiências.
- "Sou cheio de objetivos e a lua é a minha luz.
Continuem a tentar, mas só o horizonte me seduz.
Não me importo de continuar a ser,
segundo vocês, um doido comum porque enquanto estás na multidão,
eu sou único, apenas um.
As estrelas me iluminam, não quero brilho de outros.
Sou verdade, sou esperança, e assim já lá vão muitos anos. Desde criança.
Sigam a boiar, só não me peçam para fazer parte desse surto.
Deixem-me aqui, na estrada, persistente.
Afinal, amo isto de ser mais um maluco.
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